A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Município de Mossoró/RN deflagrou na manhã desta terça-feira (29/04), a operação Rust, objetivando reprimir crimes praticados por integrantes de facção criminosa que atua fora e dentro dos presídios do Estado. A ação ocorreu nos municípios de Mossoró, Grossos, Nova Cruz, Patu, Caraúbas/RN, Palmas/TO e São Paulo/SP.
Foram expedidos pelo Poder Judiciário do Rio Grande do Norte, 48 mandados judiciais, sendo 19 de prisão preventiva, 22 de busca e apreensão domiciliar e sete de bloqueio de contas. O trabalho foi realizado por cerca de 200 policiais integrantes das forças de segurança da União e do Estado do Rio Grande do Norte.
A ação é produto de cooperação interagências, e resultou na prisão de 15 indivíduos suspeitos de integrarem a ORCRIM.
Durante o cumprimento dos mandados judiciais, uma pessoa foi autuada em flagrante delito, pela prática dos crimes de porte ilegal de arma de fogo, tráfico de entorpecentes e receptação. Na oportunidade, foram apreendidos arma de fogo, munições, porções de maconha, crack, uma motocicleta e diversos aparelhos telefônicos.
Os detidos foram encaminhados à Delegacia de Polícia Federal de Mossoró/RN e, após cumpridas as devidas formalidades, serão transferidos para o sistema prisional, onde ficarão custodiados, à disposição da Justiça.
Dentre os investigados, estão duas mulheres, uma residente no município de São Paulo, cujos indícios apontam ser a responsável pela lavagem do dinheiro decorrente do tráfico de entorpecentes. A outra, é indicada como principal fornecedora de entorpecentes para os traficantes locais ligados facção criminosa em Mossoró/RN, cujo cumprimento da prisão ocorreu em Palmas/TO.
A INVESTIGAÇÃO
O trabalho realizado pela FICCO/PF/MOS indicou que os investigados estariam atuando através de núcleos responsáveis pela comercialização de entorpecentes e distribuição de armas de fogo para os integrantes da facção, de modo a garantir a presença em comunidades deste município, manter seus pontos de tráfico, assim como aumentar áreas de atuação.
A organização criminosa investigada com o intuito de dissimular suas ações identificavam os pontos de tráfico denominando-os de “Lojas da Família”, ou simplesmente FM, e os entorpecentes eram chamados pelos nomes de operadoras de telefonia móvel.
Durante o período de investigação o grupo criminoso chegou a movimentar, aproximadamente, a quantia de 3 milhões de reais, tendo sido identificados e presos os principais operadores do esquema, os quais também tiveram suas contas bloqueadas judicialmente.
A investigação poderá resultar no indiciamento de 22 pessoas pela prática dos crimes de organização criminosa, tráfico e associação para o tráfico de entorpecentes, lavagem de dinheiro e crimes associados ao Estatuto do Desarmamento.
FICCO
As Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado compõem a estrutura da Polícia Federal e são formadas pela Polícia Federal (PF), Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), Polícia Civil (PC/RN), Polícia Militar (PM/RN), Polícia Penal Estadual e pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP/RN).